Meu professor de análise
sintática era o tipo do sujeito inexistente
Um pleonasmo, o principal
predicado da sua vida,
regular como um paradigma da 1ª
conjunção.
Entre uma oração subordinada e um
adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre
achava um jeito
assindético de nos torturar com
um aposto.
Casou com uma regência.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em
sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava
partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva,
o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto
direto na cabeça.
Paulo
Leminski
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